Sábado, hora melancólica das
cinco e meia, quando chove. Choveu úmido e frio na tarde antes sufocante de
dezembro. Lá estava eu, só. Pensando em ti, em nós. Dos únicos momentos felizes
que tínhamos, dos melhores momentos que tenho. Digo tenho, pois cabe a mim,
entender que eles não o pertence mais. Aceitar. Preciso aceitar, o destino que
vier, creio que é provável que não voltes, creio que terei que seguir só, sem
ti, sem seu cheiro, sem seu amor. O amor teu que era o que eu mais precisava,
preciso, precisarei. Digo precisarei pois irá ser difícil apagar-te de mim. Não
posso me amorrinhar, sei que não lhe fará importância algo a meu respeito, vejo
que jamais sentirás o amor que sentira por ti. Foi naquela sexta-feira do ano
anterior, saímos com as mãos entrelaçadas do cinema, as vezes paro, e me
pergunto: O que seria dos amores sem o cinema? Nada, nada seria, das sessões de
filmes de comédia romântica que entra apenas oito ou nove gatos pingados na sala.
Lembro que estavas tremulo, quando pegastes minha mão senti, teu calor, podia
escutar teu coração, mesmo estando distante de teu peito. Quando finalmente, vi
que nossas mãos pareciam ser feitas umas para as outras. Como se tivessem nós fomos
escolhidos desde o primeiro dia de vida, como se o nosso destino era ser eu e
você, como, não foi. Não sei em que parte do mundo estas, mas saiba em qualquer
lugar que estejas, estou te mandando amor, amor.
Para sempre sua, Mariazinha.
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